Eu queria um beijo doente.
Não um destes que o mundo
já cansou.
Quem sabe a flor não é já outra...
Quem sabe o sol não é já outro
e precisamos mudar de roupa
que é pra não morrer o calor...
Eu queria um abraço sangrado,
destes que o tamanduá a bandeira
afaga – a faca que mata bem.
Por isso o amor com cara
de boi da cara preta...
Por isso o tribunal infestado de réus:
“Liberdade, liberdade, liberdade”!
Mal sabem que é gaiola!
Eu só queria agora
o silêncio das coisas...
19. VII. 08
1 comentário:
Subjetivamente belo. De dentro para fora. Muito, muito bom! Bjus Profeta!
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