Todos os dias, vivo o agora
como se o fora desde sempre.
O amanhã é uma memória
tão imprecisa quanto ausente.
Bom seria se a cada instante
um riso invadisse minha face
e a cada segundo, ao semblante
obscuro, um brilho adentrasse.
Se a cada instante, por menor
que seja, a alma fosse um mar
maior que o céu e, todo o sol,
um brilho contido em um só olhar.
Ah! Todos os dias passarão...
Como os ribeiros, toda a vida
deslizará por entre as mãos
ainda lisas... Divididas...?
E o tempo vagante a roer
cada semblante, cada olhar...
e olhamos, em volta do rio,
as pedras a secas ao ocaso,
e ao rosto, o pleno desvario.
11 de junho de 08 e sempre, sempre...
Sem comentários:
Enviar um comentário